São Benedito

São Benedito

segunda-feira, 6 de março de 2017



"No dia seguinte, saindo eles de Betânia, teve fome – vendo ao longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se, porventura, acharia nela alguma coisa. Aproximando-se, nada achou senão folhas; porque ainda não era tempo de figos. Disse-lhe: Nunca jamais coma alguém fruto de ti; e seus discípulos ouviram isto.
Quando chegava a tarde saíram da cidade. Ao passarem de manhã, viram que a figueira estava seca até a raiz. Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Olhe, Mestre, secou-se a figueira que amaldiçoaste! (Marcos, XI, 12-14 19-21.)
Jesus exalta, também, a fé em Deus. Ele diz: “Tendes fé em Deus; porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: ergue-te e lança-te no mar; e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito”.
Ainda: “Por isso vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis; e quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai que está nos céus vos perdoe as vossas ofensas; mas, se vos não perdoardes, vosso Pai que está nos céus também não o perdoará”. (Marcos, 11, 1 a 26)
Na antiga Palestina, diziam que os primeiros brotos de frutos da figueira aparecem dois meses antes das folhas. Nesse caso, mesmo não sendo época de figos, a figueira já tinha estrutura para, mesmo fora de época, possuir frutos. Cristo se baseia nessa premissa para lançar uma “praga” à figueira.
A figueira seca é o símbolo das pessoas que apenas aparentam o bem, mas na realidade nada produzem de bom. Pessoas, utopias, sistemas vazios e doutrinas sem base sólida fazem parte dessa relação. Falta-lhes a verdadeira fé, a fé que penetra no imo do ser e faz vibrar o seu coração. Essas pessoas são árvores frondosas, mas sem frutos, e é por isso que Jesus as condena à esterilidade, pois dia virá em que ficarão secas até à raiz. Com o tempo, a obra estéril desaparece. Jesus está, nesta passagem evangélica, chamando a nossa atenção para as boas obras, não de aparência, mas de real valor para a Humanidade.
Não é o tamanho, a configuração, as ramagens, os rebentos verdes, as pontas ressequidas, o aspecto brilhante, a vetustez do tronco, a fragilidade das folhas, o aroma atraente. Não é pela aparência exterior, mas pelos frutos, utilidade e produção. O que realmente vale é a substância de nossa colaboração no progresso comum, pela importância de nosso concurso no bem geral. (Xavier, s.d.p., cap. 7)"

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