São Benedito

São Benedito

segunda-feira, 6 de março de 2017



“ Eis que um mancebo dele se aproximando, lhe disse: Bom Mestre, que bem devo fazer para alcançar a vida eterna? Jesus lhe respondeu: Porque me chamas bom? Bom, só Deus o é. Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos. Perguntou-lhe o mancebo: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não darás falso testemunho, honra o teu pai e a tua mãe e ama o teu próximo como a ti mesmo. Retrucou o mancebo: Todos esses mandamentos tenho guardado desde a minha juventude; que mais me falta? Disse Jesus: Se queres ser perfeito, vai, desfaze-te do que tens e depois vem e segue-me. Ao ouvir essas palavras, o mancebo se retirou triste porque muitos eram os bens que possuía. Disse, então, Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo, que difícil é um rico entrar no reino dos céus. Digo-vos mais ainda. É mais fácil passar um camelo por um fundo de agulha, do que um rico entrar no reino dos céus. Ouvindo isto, seus discípulos muito espantados, perguntaram: Quem pode, então, ser salvo? Jesus, fitando neles o olhar, disse: Impossível é isto para os homens, mas para Deus tudo é possível.” (Mateus, XIX, 16-26).

"Jesus, quando se referiu à dificuldade de um rico entrar no reino dos céus, foi para chamar a atenção daqueles que O ouviam, para o apego às coisas materiais.
O Divino Mestre compreendeu a luta que se travou no íntimo daquele espírito. Compreendeu e perdoou, porque sabia o quanto era difícil à criatura poderosa, detentora de fartos bens materiais, desprender-se de tudo para voltar-se de coração liberto e tranquilo à vida do espírito, tão difícil, embora não impossível.
Para se seguir a doutrina do Pai, podia se ser rico ou pobre, o necessário era ter-se puro o coração.
A simplicidade, a humildade, o desprendimento pelas coisas terrenas, o amor e a caridade são virtudes indispensáveis àquele que se deseja ser incluído no rebanho do Divino Pastor.
O moço da parábola, embora crente e seguidor dos mandamentos da lei de Deus, o era apenas em teoria, não apresentando as condições exigidas para fazer parte dos eleitos. Tinha muito ainda que lutar para aprender.
O egoísmo, a vaidade, a presunção, o amor desmedido aos bens materiais precisavam perder a importância que lhe dava nesta vida, o mancebo afortunado".
(Extraído do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel, médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antonio de Pádua”, Recife, PE -1982)

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