"A dimensão aquática é uma das dimensões onde os orixás naturais e elementais vivem seus estágios de evolução. Nela o orixá da geração, mãe Iemanjá, é o regente de seus fundamentos.

Entendendo isso, sabemos que as sereias fazem parte dessa dimensão como seres elementais (nunca encarnaram), e em suas evoluções se adaptaram ao meio aquático desenvolvendo características híbridas, metade mulher e metade peixe.

Nesta dimensão atribuí-se a Linha das Sereias, regida por Iemanjá, Oxum e Nanã, segundo o livro, As Sete Linhas de Umbanda – a religião dos mistérios, de Rubens Saraceni.

As sereias verdadeiras são concedidas a regência de Iemanjá, as antigas sereias a Nanã Buruquê e as encantadas elementais a Oxum. No momento da incorporação emitem o canto das sereias que age como um a mantra aquático, desfazendo energias e pensamentos negativos que estejam acumulados nos centros e campos vibratórios dos médiuns.

Seu poder de limpeza e purificação é o maior que existe dentro das setes linhas de umbanda e normalmente solicita-se seu amparo para harmonização de casais e famílias. Reconhece-se também sua valência em afastar espíritos obsessores, desequilibrados e vingativos.

Seus cantos podem ser identificados pela frequência em que é entoado. Geralmente os mais lentos aludem a Nanã e os mais acelerados a Oxum. As oferendas em reverência as sereias são levadas ao mar, lagos ou cachoeiras utilizado-se de velas brancas, azuis, amarelas, champanha, frutas em calda e licores".

Texto: Júlia Pereira

Fonte de pesquisa: As Sete Linhas de Umbanda – a religião dos mistérios, de Rubens Saraceni.