São Benedito

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segunda-feira, 20 de novembro de 2017


"De acordo com a doutrina espírita, a meninada tem mesmo mais facilidade para interagir com quem já se foi, conforme explica Sônia Zaghetto, assessora de comunicação social da FEB (Federação Espírita Brasileira):

“Isso ocorre porque as crianças ainda têm ligações ligeiramente mais tênues com o corpo físico, assim como os doentes terminais, em que a ligação espírito-corpo já se enfraqueceu e eles... podem ver os espíritos.

Há medida que a pessoa cresce, vai se tornando ainda mais forte a ligação com o corpo e ela vai deixando de vê-los”. No entanto, Sônia alerta: nem todas as crianças vêem os espíritos. “É natural que os vejam, mas não é obrigatório que aconteça”, explica.

O que também pode confundir quem não está muito por dentro do tema é achar que a criança é médium só porque teve um episódio em que viu, ou ouviu um espírito. “Nem sempre a visão de espíritos pelas crianças caracteriza mediunidade. Somente com o tempo se pode discernir, pois o fenômeno pode ser passageiro. Pode ser aquela questão relacionada à ligação do espírito com o corpo.

Quando não é mediunidade, essas visões desaparecem entre 6 e 8 anos de idade.

Sônia conta ainda que um sinal de mediunidade é quando a criança começa a relatar visões e conversas com os espíritos. “Se essas manifestações ganham caráter mais constante, bem ostensivo e persistem até a pré-adolescência e juventude, tudo indica mediunidade. Logo, uma visão que ocorreu apenas uma vez, por exemplo, não é considerada indício”, conclui ela.

Um dos mais conhecidos e respeitados médiuns do mundo, Chico Xavier via o espírito da mãe morta e conversava com ela desde os 5 anos de idade. Em 1922, no centenário da Independência do Brasil, ele tinha 12 anos e ganhou menção honrosa quando escreveu uma bela redação sobre o Brasil. Na ocasião, afirmou que um espírito havia lhe ditado o texto.

Os amigos duvidaram e acharam que ele tinha copiado a redação de um livro. (...) As visões de Chico fizeram com que ele fosse obrigado pelo pai a freqüentar a Igreja Católica e ele via hóstias brilhando de luz, pessoas mortas sorrindo e carregando rosas. Sebastião Scarzello - padre de Pedro Leopoldo (MG) - nunca duvidou, mas aconselhava Chico a orar mais para afastar aquelas visões

Médium baiano, Divaldo Frsnco é hoje o mais conhecido palestrante espírita do mundo, com milhares de palestras em mais de 80 países e mais de 150 livros psicografados. Ele declara publicamente que vê os espíritos desde criança. Aos 4 anos de idade, viu o espírito de sua avó, Maria Senhorinha, e a descreveu para sua mãe, gerando muito espanto na família católica.

Médium e conferencista espírita de Niterói - RJ, professor de Física da UFF (Universidade Federal Fluminense) e Doutor em Educação, José Raul Teixeira afirma que via os espíritos desde criança e, muitas vezes, conversava com eles.

Em uma ocasião, ao ver o espírito de um amigo, quase se atirou nos braços dele. Mas a mãe - que também era médium - impediu que o filho se machucasse, pois notou que ele ia em direção ao espírito e o impediu de cair no vazio, quando se atirou nos braços do amigo invisível".

*Depoimentos cedidos pela FEB (Federação Espírita Brasileira)
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