São Benedito

São Benedito

segunda-feira, 15 de agosto de 2016



"Rainha das ondas, sereia do Mar...
De cabelos compridos e pretos, pairando sobre as águas salgadas e trajando o mais belo azul celeste, Mãe Iemanjá abre os braços e derruba de suas mãos pequenas pérolas que trouxe consigo do fundo do mar.
Assim é a concepção que a Umbanda tem da Rainha do mar, lembrando que essa é única imagem genuinamente umbandista e também devemos a ela boa parte da popularização da orixá. Isso é tão evidente que encontramos pessoas que sabem que essa imagem é de Iemanjá, mas não sabe o que é Umbanda.
Várias são as versões sobre o surgimento do quadro de Iemanjá que originou as imagens que temos hoje nos terreiros e templos de Umbanda. A primeira delas, descrita no livro História da Umbanda no Brasil, Vol III, de Diamantino Fernandes Trindade, é uma versão do escritor José Beniste onde diz que ela foi criada na década de 50 quando o marido da Dra. Dala Paes Leme como forma de homenageá-la mandou pintar um quadro com suas feições. Na pintura, que possui uma semelhança inegável com as imagens a mulher tem traços indígenas, é magra e morena. A esse quadro foi atribuído o início das festividades de Iemanjá no fim do ano nas praias do Rio de Janeiro.
Diamantino destaca no livro também uma outra versão, na qual a senhora Dalas teria tido uma visão dessa figura e pediu para que um artista (desconhecido) a pintasse. Ela mesmo era parte integrante da comissão de divulgação da imagem e a partir desse quadro várias outras representações parecidas foram surgindo dentro dos terreiros e em diversas manifestações, até se chegar a amplitude que temos hoje".

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