Espíritos daqueles que foram muito acostumados à terra de chão e tocavam o gado pelas estradas do interior de nosso País. Apesar das condições muito difíceis, nunca deixaram de adorar a lida no campo.
Os Boiadeiros vêm dentro da corrente de Oxóssi, dos Caboclos. Eles são Entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, “o caboclo sertanejo”. São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. Para algumas correntes de pensamento umbandista, esses espíritos já foram Exus e, numa transição dos seus graus evolutivos, hoje se manifestam como caboclos boiadeiros.
De um modo geral, os Boiadeiros usam chapéu de couro com abas largas e calças arregaçadas. Movimentam-se muito rápido e costumam chegar aos terreiros com sua mão direita levantada, girando, como se estivesse laçando e esbravejando a inconfundível toada “êeeee boi” emitida ao tocar o rebanho. O chicote e o laço são suas “armas espirituais”, que quebram as energias negativas e descarregam os médiuns, o terreiro e os consulentes. Dentro do campo mediúnico, os boiadeiros fortalecem os médiuns, abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os Exus.
Exemplos de Boiadeiros: Chico da Porteira, Zé do Laço, Zé da Campina, Tião, Zé do Facão, Zé Mineiro, João da Serra, Boiadeiro Novizala, Laço Nervoso, Carne de Boi, Zé do Trilho e João Boiadeiro, entre outros.
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